Já poucos são os que se deixam intimidar pelas críticas, considerações ou gostos e tendências marcadas pelos escanções ou sommeliers sobre o vinho. Cada vez mais o vinho está a popularizar-se na curiosidade, na experiência e na procura de conhecimento. Muitos são aqueles e aquelas que querem estar no mundo do vinho, fazendo disso a celebração da vida, sem que isso seja uma profissão ou um oráculo a que só uns têm acesso, arriscando compras arrojadas e experimentando vinhos pelas castas, pelas regiões, experimentando sem que isso seja condicionado pelo que vêem ou lêem. Para a popularidade do vinho contribui a crescente oferta com maior informação e maior acesso. Contribui certamente uma oferta diversificada e sustentada com maior acesso à informação e imagens mais trabalhadas do vinho. Mas sobretudo a qualidade dos vinhos. Os produtores estão cada vez mais activos no processo de criação de um vinho e proximidade com o consumidor, são construtores de marcas sólidas com histórias
Deve o vinho ser bebido entre os 3 ou 4 anos seguintes ao seu ano? De facto, ainda ninguém me conseguiu dar uma explicação para este facto. Porque é que os franceses continuam a abrir garrafas Château Margaux da década de 60 como se de relíquias se tratasse e para outros vinhos não. Claro que os vinhos que se podem guardar para envelhecimento são os reconhecidamente bons. Ou seja, aqueles vinhos de posicionamento mais alto. Mas quais? Mas em Portugal quando temos um vinho de 2005 a resposta é "já está estragado", "isso já não presta", a não ser que sejam as Barca Velhas ou outros do estilo. Será que é mesmo assim? Não sempre! Há uns tempos atrás disseram-me que para guardar era melhor ser reserva. Cá está, reserva é um vinho melhor que os outros, regra geral. Mas claro que não existe uma explicação cabal sobre o que se pode guardar e o que não se pode. Vi outro dia uma garrafa de Barca Velha à venda já muito antiga, não me recordo o ano exacto, mas dever