O objectivo deste blog era escrever todos os dias sobre um vinho.
Apercebi-me que para o fazer tinha de andar sempre avinhada, o que não é bom.
De forma que vou mais devagar, mas sempre a identificar bons vinhos.
Então cá vai. Mais uma prova de um vinho
absolutamente estupendo, que, desde já, vos aconselho. Posso dizer-vos que este
será um dos melhores vinhos tintos que já provei. Trata-se de um Grande Reserva
de 2009, que estava ainda nas mãos do produtor e que gentilmente nos cedeu umas
garrafas. Não sei onde o poderão arranjar nesta altura. Pois já não se encontra
no mercado. Acho eu, sem certezas. Do que vi nada se escreveu sobre este vinho,
mas é como vos disse outro dia os pequenos produtores ficam para trás, pois não
têm a máquina de marketing e promoção dos grandes. Este é um excelente exemplo
disso.
Mas adiante este vinho foi produzido por Natália Neuza Correia Cigarro Brás. Por de trás estão
quatro quintas centenárias no Baixo Corgo do Douro, Alto Douro Vinhateiro, num
cenário absolutamente deslumbrante. Este é o mesmo produtor do 100 Héctares, outro vinho que está na minha opinião entre
os melhores tintos que já provei e que já conseguiu a proeza de ter um lote com
16º, mas a seu tempo escreverei sobre esse vinho.
Em termos de história este vinho produzido
em 2009 sobre condições climatéricas favoráveis nesse ano, assim nasce um magnífico
vinho, foi produzido com três castas Tinta Roriz, Tinta Nacional e Tinta
Franca, e acabou por ser um Grande Reserva de um lote pequeno.
Quando se abre a garrafa sente-se um aroma
que se espalha, não foi preciso decantar o vinho. O vinho é nítida e
deliciosamente frutado mas com volume, no fim o sabor é prolongado e faz-nos sentir alguma frescura. Tem uma cor de granada forte, com uma lágrima
fantástica. São estes momentos com o vinho que ficam. Neste vinho sente-se, sem
dúvida, o poder do Douro. A região demarcada mais antiga do mundo a não falhar.
Divinal. Nota: 9.0 (01-10)
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