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A mostrar mensagens de abril, 2015

Volteface Tinto Reserva 2011

Então cá vai mais um vinho tinto. O Volteface! À primeira vista temos um rótulo que nada nos diz, mostra-nos uma máscara. Prima pela diferença e quer chamar atenção. Alinhamos... Tem algo de festivo, o que de certa forma nos convida a bebê-lo. No contra-rótulo encontramos a informação, temos a informação das castas, da região, o ano e o enólogo. Alentejano, feito à base de duas castas Alicante Bouschet, maioritariamente e Syrah.  A uva Alicante Bouschet foi criada por Henry Bouschet, entre 1865 e1885, em França, resulta do cruzamento das castas Petit Bouschet e a popular Grenache. Inicialmente foi plantada no sul da França, principalmente na região do Languedoc, e sempre foi considerada como uma casta de qualidade inferior. No entanto, o Alicante Bouschet chegou ao Alentejo em 1900, com Invernos frios e Verões quentes e secos, solos profundos e não muito pobres, com disponibilidade de água ao longo de todo o ciclo, o Alicante Bouschet passou a produzir vinhos de óp

Tyto Alba Vinhas Protegidas 2012

Este é um vinho com história e com uma capacidade de se distinguir dos outros vinhos. Desde logo porque tem uma história para contar ligada ao ambiente e ao respeito pelo ecossistema, pois reduz na sua produção a emissão de carbono, através de uma série de passos ligados ao consumo de energia. Reduz o consumo de água e até de tratamentos das vinhas. É notável o posicionamento da Companhia das Lezírias . Tyto Alba é a origem do nome de coruja-das-torres. É dá ao nome ao vinho porque confere para além do significado, um papel na Companhia das Lezírias , o de afastar o coelhos das vinhas venhas. As vinhas são guardadas pelas corujas. O Tyto alba 2012 é feito de Touriga Nacional, Touriga Franca e Alicante Bouschet. É um vinho fantástico. Mas quase que estragamos a experiência. Os vinhos são vendidos nos restaurantes sem nenhum cuidado, a temperaturas ambientes que chegam a estar nos 24 graus. Uma das grandes indicações e cuidados dos produtores e enólogos

ALÌSIA Pinot Grigio 2014

Não querendo dar grande ênfase aos vinhos estrangeiros, não porque não são bons, mas porque o que temos em Portugal é de excelente qualidade e ainda há muito que provar. Mas.. surgiu a oportunidade e sabemos que podemos também encontrar vinhos muito bons estrangeiros e ter outras experiências. Hoje escrevo-vos sobre um vinho branco italiano, que está à venda em Portugal. Itália tem muitas regiões produtoras de vinhos, Piemonte é considerada a maior região produtora e que dizem ser a responsável pelos melhores vinhos produzidos em Itália. Depois existe a Toscana, onde estão os famosos Chianti. Depois Vêneto, Abruzzo e Lombardia e Trentino e outras tantas, não menos conhecidas. Itália será um dos países com uma das maiores complexidades de produção de vinho, existindo perto de 350 tipos de vinhos oficiais e alguns rumores que marcam mais de 2000 castas. Extraordinário! Podemos quase não viver para provar tudo...se assim for. O Alìsia Pinot Grigio 2014 é produzido por uma

EDHO Douro Grande Reserva 2009

O objectivo deste blog era escrever todos os dias sobre um vinho. Apercebi-me que para o fazer tinha de andar sempre avinhada, o que não é bom. De forma que vou mais devagar, mas sempre a identificar bons vinhos. Então cá vai. Mais uma prova de um vinho absolutamente estupendo, que, desde já, vos aconselho. Posso dizer-vos que este será um dos melhores vinhos tintos que já provei. Trata-se de um Grande Reserva de 2009, que estava ainda nas mãos do produtor e que gentilmente nos cedeu umas garrafas. Não sei onde o poderão arranjar nesta altura. Pois já não se encontra no mercado. Acho eu, sem certezas. Do que vi nada se escreveu sobre este vinho, mas é como vos disse outro dia os pequenos produtores ficam para trás, pois não têm a máquina de marketing e promoção dos grandes. Este é um excelente exemplo disso.  Mas adiante este vinho foi produzido por   Natália Neuza Correia Cigarro Brás . Por de trás estão quatro quintas centenárias no Baixo Corgo do Douro, Alto Douro Vinh

Lolita Wine on The Rocks Finkus Collection 2011

Quando se bebe tem de se escrever freneticamente sobre este vinho. Mas vamos por partes desta experiência. Quando vemos a garrafa ficamos apaixonados pelo rótulo, bonita garrafa e cápsula. Pela capacidade de criatividade e o convite a desfrutar a ousadia do produtor, que prima pela inteligência arrojada de romper com algumas verdades que estamos acostumados. Mas vamos à prova! Motivada pelo rótulo, rodo o copo, cheiro e provo. O vinho está quente. A primeira sensação não é boa. Pedimos para arrefecer. Claro que não temos termómetro, mas dá para perceber que não pode ser servido àquela temperatura. Voltamos a provar. Continua a precisar mais de frio. Colocamos mais tempo no frio. Quando servimos novamente, o vinho está ligeiramente abaixo do que é normal, mas tenho que vos dizer: absolutamente fantástico! É fresco e vibrante, é um daqueles tintos fáceis de beber. Tão fácil que ainda não tinha vindo tudo para a mesa e já não havia vinho na garrafa. Visualmente é um vinh

Vinho dos Produtores Pequenos

Percebo perfeitamente a sublimação do vinho através do rótulo. Num Portugal com milhares de marcas, mas que apenas alguns têm espaço. Ficam os pequenos, não todos, a tentar posicionar-se e lutar pelas provas, pela presença nas feiras, pelos comunicação em eventos, muitas vezes sem sucesso. Num Portugal onde os eventos de vinho são sempre e irremediavelente dedicados aos grandes produtores, às marcas mais conhecidas, àqueles que não "enganam", ficam para trás vinhos, cujo alcance de comunicação quase não se vê ou ouve falar, porque o investimento é reduzido, absolutamente surpreendentes posso dizer-vos. Os grandes produtores podem sempre pagar a todos aqueles que querem falar e escrever sobre vinho, por isso se fala em todo o lado, nem vou avaliar o grau de conhecimento dos vários que fazem a opinião dos vinhos,  e que se arrastam por esses eventos sempre a falar do mesmo e a beber o mesmo. Não que os vinhos sejam maus, pelo contrario existem vinhos absolutamente fantásticos.

Herdade de São Miguel Branco Colheita Seleccionada 2014

Quando o vinho é bom a refeição corre estupidamente bem. Nem que a refeição seja algo muito simples e pouco elaborada. Mas quando as duas coisas acontecem ao mesmo tempo ficamos absolutamente deslumbrados e tudo se torna um momento a registar. Foi o que aconteceu com o  Herdade de São Miguel   Branco  quando fomos ao Marisco na Praça em Cascais. Tudo a favor, o serviço, a frescura do marisco e o vinho! Fomos experimentar como sempre um vinho novo. A lista não era longa, alguns dos habituais, mas a vontade de experimentar levou-nos a uma nova referência. Foi uma surpresa pela positiva. Alguns brancos são monótonos e quase iguais entre si. Mas são estes momentos que o vinho nos dá que outras bebidas como os espíritos ou outras misturas não dão. O raro momento de criar no nosso cérebro uma memória olfactiva e de sabor ligada a um momento de vida. Um aroma fresco, cheio de aromas e sabores harmoniosos entre a fruta tropical e os aromas de flores com uma acidez bem pacificada. Lá estav

Os rosés

Perguntavam-me outro dia: Gostas mais de Rosé não é? Não, não é. Gosto de todos os vinhos assim sejam bons para mim. Mas o Rosé foi uma descoberta em 2008, quando jantava num bom restaurante e a carta se fazia acompanhar dos vinhos e onde tinham uma espécie de harmonização imediata dos pratos que ofereciam. A titulo das experiências com o meu prato veio o Barranco Longo Rosé 2008 Algarve. O facto de estar no Algarve e beber um vinho do Algarve, por si só achei piada. Foi uma surpresa, afinal as terra algarvias podiam produzir excelente vinho. A outra surpresa foi o facto de ser um Rosé que nada tinha a ver com aquele sentimento de vinho químico que tive a primeira vez que bebi e deveria ser praticamente adolescente. Este vinho tinha uma cor sublime de purpura vivido brilhante, com aroma frutado de frutos vermelhos e um toque de maracujá. Parecia um néctar. Assim eu o entendi como vinho. Este vinho pós-me a beber Rosé e a fazer verdadeiras incursões no mundo do  Rosé . Vinhos m