Percebo perfeitamente a sublimação do vinho através do rótulo. Num Portugal com milhares de marcas, mas que apenas alguns têm espaço. Ficam os pequenos, não todos, a tentar posicionar-se e lutar pelas provas, pela presença nas feiras, pelos comunicação em eventos, muitas vezes sem sucesso. Num Portugal onde os eventos de vinho são sempre e irremediavelente dedicados aos grandes produtores, às marcas mais conhecidas, àqueles que não "enganam", ficam para trás vinhos, cujo alcance de comunicação quase não se vê ou ouve falar, porque o investimento é reduzido, absolutamente surpreendentes posso dizer-vos. Os grandes produtores podem sempre pagar a todos aqueles que querem falar e escrever sobre vinho, por isso se fala em todo o lado, nem vou avaliar o grau de conhecimento dos vários que fazem a opinião dos vinhos, e que se arrastam por esses eventos sempre a falar do mesmo e a beber o mesmo. Não que os vinhos sejam maus, pelo contrario existem vinhos absolutamente fantásticos. Mas os pequenos e os poucos conhecidos, são na minha opinião surpreendentes de bons. Porque ninguém espera nada e não é conhecido e por isso fica o esplêndido em muitos vinhos que provamos e bebemos.
Por isso quando algum pequeno investe no seu rótulo como forma de dizer ao mundo provem-me, compreendo o esforço e acompanho o desafio. Ficam sempre notáveis descobertas, momentos únicos, experiências deliciosas.
Portugal tem vinho absolutamente divinal.
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