Tudo à volta
do vinho tem uma imensa e longa história para contar. O vinho começa há tantos
séculos atrás que o património é gigante e sobretudo com uma evolução que me
deixa quase sempre vários dias a descobrir os infinitos detalhes de um assunto que
até parece pequeno.
Há uns anos
atrás descobri o clarete, com a marca Clarete 2006, Quinta do Monte D’Oiro do
produtor José Bento dos Santos. Absolutamente imperdível. Primeiro porque esta
é uma nova classificação, pouco conhecida e surpreendente. Surpreendente porque
é qualquer coisa entre o vinho tinto e o vinho rosé, com uma leveza no aroma e no
sabor únicas. Depois porque o vinho é absolutamente divinal. A sua produção foi
bem conseguida, respeitou os aspectos primordiais da essência do clarete.
Muitos de
vocês não saberão que existe este tipo de vinho chamado Clarete. O clarete é uma especialidade de Bordeaux era um
vinho que há vários séculos atrás era muito exportando para o Reino Unido. Isto
na Idade Média. O termo original é clarait em francês e rapidamente começou a
ser usado com a pronúncia inglesa como claret, para descrever o Bordeaux
tinto. O clarete tem uma personalidade mais vigorosa que um vinho rosé, mas é
menos tânico que um tinto. Isto é claro, porque o método de produção deixa
muito pouco tempo as cascas no processo de vinificação e por isso ganha menos
cor e tem menos taninos. Tem cor rosa-escura ou rubi claro, tem uma cor linda,
limpinha e brilhante, é frutado e muito fácil de beber. É um vinho que se deve
beber fresco, mas não muito fresco, diria que nos 12º.
Este vinho pouco colorido ou tinto claro que dá pelo nome
clarete em Portugal ou palhete tem um processo que adiciona uvas brancas. As
informações de percentagem de uva branca são díspares nas várias fontes. Mas
nem sempre este vinho é obtido com uvas brancas, pode ser apenas uvas pretas cujo
processo de permanência da casca da feitura do vinho é mais diminuto, fazendo,
como já referi, com que a sua cor seja clara e límpida. Um dos melhores vinhos que seguramente provei. Nota: 9.2
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